quinta-feira, 20 de setembro de 2012

I'm not a perfect person!


I’m not a perfect person...

Estou longe de ser uma pessoa perfeita. Me divido entre sanidade e insanidade... Na verdade, ninguém tem noção do que realmente vivo aqui dentro. Síndrome do Pânico e Depressão podem devastar uma existência, mas eu resisto e luto com armas redescobertas a cada dia. Sempre tive esse “eu” melancólico, em compensação, meu “não-eu” sempre foi o oposto: livre, leve, transparente... Ninguém consegue ter a noção exata do que sou, poucas pessoas se interessam de fato a me descobrir e entender. Menos pessoas ainda integram a minha alma... Estou em tratamento há quase um ano e confesso: é ainda muito difícil já que sabemos não ter cura, apenas controle... E controlar tudo isso é um trabalho diário, ou melhor, é um trabalho mental a cada novo pensamento. Eu? Felizmente posso dizer o quanto já estou melhor, embora esse trabalho tenha que ser mantido até o final dos meus dias. Por isso, e por tantas outras coisas, as pessoas terão sempre receio de pessoas como eu. Fragilidade aparente. Vejo todos os que, como eu, estão nessa luta como seres bravos, corajosos e fortes. A menos que você passe por isso, não será capaz de ter a real noção do que vivemos. Quase não tenho mais pensamentos negativos, não os alimento... Minha mente já está educada, pois se renova a cada novo amanhecer. Tive a felicidade de encontrar pessoas e blogs que muito me ajudaram nessa batalha, então, como forma de agradecimento, aqui estou eu para mostrar que tudo tem um lado bom nessa vida. Então, já que não posso me transformar em outra pessoa (e nem eu gostaria), ou seja, já que não posso negar esse “eu” melancólico, tento transformar tudo isso em algo bom, transformo essa dor em poesia... Confesso, não há nada melhor que isso. Escrever significa me libertar, mais ainda, significa direcionar a energia emanada para um belo fim. Se este fim será compreendido por todos ou se agradará a todas as pessoas? Lógico que não! Longe disso, poucos serão capazes de me alcançar através do que escrevo, porém, permito-me reconhecer: este é um trabalho que dignifica, purifica e liberta, então, faço principalmente para mim. Egoísmo?Não... Tenho certeza que ninguém gostaria de algo que nem eu gostasse! Admiro o que faço, pois sei que cada linha escrita guarda um pouco da libertação da minha alma. Não tenho muitos sonhos, mas os poucos que tenho, trabalharei muito para realizar. No entanto, antes de tudo, quero apenas uma coisa: encontrar a minha paz espiritual – COME WHAT MAY...

(Renata Nunes)