Passei muitos anos pensando acerca
da palavra FELICIDADE e cheguei a algumas conclusões no que diz respeito a
pessoas como eu... Ou somos irradiantemente felizes ou somos as mais tristes de
todas as criaturas. Isso mesmo – tudo ou nada! Na verdade a minha vida assim é,
os sentimentos dessa forma habitam a minha alma... Talvez não consiga expressar
as gotinhas de felicidade que inundam o meu ser em alguns dias chuvosos, nem
sempre de inverno interno, mas, em algum momento, o sol nasce e as gotinhas
evaporam – Luz da consciência... Da verdade? Verdade de quem? “Eu”? “Não-eu”?
Quem, de fato, eu sou em meio à confusão de seres destoantes da tua realidade? Talvez
nem exista e tudo seja apenas um pesadelo da tua vida! Talvez o sonho da tua
redenção... Quem sabe? Tu, que me apontas o dedo autoritário do preconceito
exacerbado e, constantemente, me condenas ao inferno – tamanha a tua prepotência
de se achar superior a Deus? Quanta ilusão... Acaso és feliz nessa tua vidinha
de perfeição aparente?A quem, de fato, deves satisfação? Me julgas porque não
uso uma máscara nem finjo ser eternamente carnaval, ou ainda, porque tremo,
soluço e me desespero... Sou o momento final. Derradeira amostra da
inconstância da vida... Duvidosa existência, porém, que seja cumprida! Apenas
não desejo que seja corrompida... Não! Isso nunca. Prefiro ser essa eterna
reticência perdida no tempo e no espaço a me enterrar com um ponto final. Eu
não... Eu quero a felicidade da vida eterna, ainda que esta palavrinha seja
apenas um ideal...
(Renata Nunes)
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