segunda-feira, 24 de setembro de 2012

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Passei muitos anos pensando acerca da palavra FELICIDADE e cheguei a algumas conclusões no que diz respeito a pessoas como eu... Ou somos irradiantemente felizes ou somos as mais tristes de todas as criaturas. Isso mesmo – tudo ou nada! Na verdade a minha vida assim é, os sentimentos dessa forma habitam a minha alma... Talvez não consiga expressar as gotinhas de felicidade que inundam o meu ser em alguns dias chuvosos, nem sempre de inverno interno, mas, em algum momento, o sol nasce e as gotinhas evaporam – Luz da consciência... Da verdade? Verdade de quem? “Eu”? “Não-eu”? Quem, de fato, eu sou em meio à confusão de seres destoantes da tua realidade? Talvez nem exista e tudo seja apenas um pesadelo da tua vida! Talvez o sonho da tua redenção... Quem sabe? Tu, que me apontas o dedo autoritário do preconceito exacerbado e, constantemente, me condenas ao inferno – tamanha a tua prepotência de se achar superior a Deus? Quanta ilusão... Acaso és feliz nessa tua vidinha de perfeição aparente?A quem, de fato, deves satisfação? Me julgas porque não uso uma máscara nem finjo ser eternamente carnaval, ou ainda, porque tremo, soluço e me desespero... Sou o momento final. Derradeira amostra da inconstância da vida... Duvidosa existência, porém, que seja cumprida! Apenas não desejo que seja corrompida... Não! Isso nunca. Prefiro ser essa eterna reticência perdida no tempo e no espaço a me enterrar com um ponto final. Eu não... Eu quero a felicidade da vida eterna, ainda que esta palavrinha seja apenas um ideal...
(Renata Nunes)

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