No
meio do caminho...
Quando
em meu peito já carregava estranha resignação,
Quando
a minha alma já não aguentava mais tanta espera,
Eis
que surge abruptamente inesperada estação.
Eis
que adentro – amedrontadamente – desconhecida esfera...
Universo
estrelado a fazer de mim parte da constelação,
Começo
de uma nova Era...
“Eu”
e “Não-Eu” a se fundir na atmosfera.
E,
no âmago profundo dessa nova relação,
Ser
é ser mais do que eu não ouso descrever...
É
estar além e à frente do próprio tempo!
É
ter no pulso o firme compasso do espaço e antever:
Que
viver é não ser o que era sem você e nada temer,
Que
morrer é quando nos perdemos por algum momento...
E
reconhecer que, a tremer – todo o meu ser – almeja fazer parte de você.
(Renata
Nunes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário