terça-feira, 18 de setembro de 2012

Saudade Agreste


Saudade Agreste


Saudade... Sentir a falta, sentir a dor do “parto”... Adeus.

Agreste é essa “secura” d’um ser inóspito,

Sem mais lágrimas, até sem “Eus”


Vazio...


Sem saber quem sou ou para onde vou,

Carrego apenas a bagagem da lembrança.

Ainda com esperança de repousar em vida

 – por um fio...


Sinto o peso do que carrego como quem se sente esmagar,

Sufocar...

Sem Ar,

Desembarco numa estação antiga,

Me desconheço, me reprovo.

Acaso eu te reconheceria?


Meu corpo sucumbirá,

Minha alma regressará

E não ouvirei resposta.

Gritos mudos e ensurdecedores...


Quanto mais visito estações,

Quanto mais insisto em tantas confusões,

Sim, sempre concluo que,

Sem você, não haverá bons tempos,

Boas temperaturas ou fim de tormentos...


No agreste de mim, encontro-te nesta saudade e fim.


(Renata Nunes)

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