quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Beija-Flor...

Eu quero te roubar pra mim.
Caminho sem volta!
Sequer sei teu nome.
Não importa, sinto uma força estranha no ar,
Por isso imitarei Cazuza e te protegerei
Em um Codinome,
Beija-Flor!
Beija-me como se toca uma flor...
Usa tuas asas e me leva ao céu,
Quero sentir teu paraíso,
Tocar tua boca adocicada de mel...
Fechar os olhos e voar com você, meu amor!
Prometo ser delicada e não te machucar,
Continuarás intacta para florir outros campos,
Fascinar outras vidas,
Perfumar outros tantos espíritos.
Estarás liberta para alçar teus infindos voos...
É preciso Amar para Libertar!
Mas antes, te roubarei!
Nossa energia é intensa,
De tirar o fôlego!
Somos excessivas,
Teremos a Terra, o Céu e o Mar,
A um só tempo,
Enquanto nossa secreta fantasia durar...
Seremos um só corpo no compasso do mesmo tremor,
Peles expostas, sobrepostas, compatíveis,
Confortavelmente instaladas, Perfeitamente posicionadas.
Sim, sou louca! Mas faremos Amor...
Ensandecidamente, Enlouquecidamente!
Poderia morrer, sim, de Amor!
Morte mais doce não há.
Possuímos olhares arrebatadores.
Seremos incansáveis!
Viajaremos na delícia do peregrinar outra pele,
Voaremos rumo ao imensurável mundo do prazer,
E por lá repousaremos em meio às flores...
Sentiremos a harmonia do pouso,
O regozijo, o júbilo e o contentamento...
O sorriso estará estampado em nossas bocas.
E quando precisarmos voltar, tenta lembrar:
Embora distantes fisicamente,
Somos Almas insolitamente conectadas!
E, por favor, não esquece:
Me beija...
Me beija, Flor!


(Renata Nunes)




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