terça-feira, 29 de setembro de 2015

(Des)Governo.


Hoje, somente por hoje, acordei em meio à desordem,
Ao caos total e absoluto.
Uma febre interna toma-me a alma e embaralha a mente...
Sinto-me solitária nesse sutil envenenamento
Que Dilacera e Exaspera.
O mal que esta nojenta sociedade me faz
Se compara às cartas de espadas, de paus, de ouro e de copas:
Todas membros da corte,
Ou escravos da mesma?
Como o governo da "Rainha de Coração",
Vejo, nitidamente, a incorporação da paixão desgovernada,
Habitando um mundo não-real,
Juntamente com uma Sociedade austera, formal e frívola.
A Sociedade atual é a Irrealidade que me assusta,
Mas, infelizmente, não consigo ignorar!
Hoje, estou enjoada, aprisionada, amaldiçoada...
E ainda é cedo!
Não, não posso me refugiar no meu mundo subterrâneo...
Quisera poder adentrar Wonderland, 
E, por lá, ficar para todo o sempre...
Sim, Estou muito pior.
Sou Louca e Desvairada!
Mas, quer saber?
Tenho um Amor sincero e profundo pela excentricidade,
O escuro e macabro é o Belo,
A Loucura é minha Sanidade,
Pois é através dela:
Desse não encaixar-me,
Que consigo superar os limites dessa Sociedade
E, posso, enfim, me libertar!
Por mais 24 horas, por favor!

(Renata Nunes)