terça-feira, 1 de setembro de 2015

Alices!


Alice...
O que é a Vida?
A Vida... O que pode ser, senão Sonho?
Sim, estes que realizamos enquanto dormimos...
E, principalmente, os que vivenciamos enquanto despertos,
Estes, sim, são audaciosos, vivem à margem,
Deslizam ao longe - em entressonho.
Não, nada voltará a ser como antes!
Como poderia?
És o excesso do absurdo,
E isto é explicável, existe razão para isto:
Para este Nonsense desvairado...
Há começo, meio e fim para tudo!
Adentraremos agora o Inverno...
Sim, será difícil, mas não Impossível.
Uma Alice encontrará um novo universo,
Com conversa inicial, discussão.
Desafio e dúvida se embaralharão,
Esta buscará a direção!
Ilusão?
A outra, permanecerá Louca. Louquinha!
Sim, existirá um despertar, tu sabes!
E, quem sabe, uma plausível explicação...
Comecemos pelo ápice:
Quem És Tu?
Uma Alice ficou calada, com a cabeça entre as mãos e teve um ínfimo segundo de consciência: Nada voltará ao Normal!
A outra, na sua Hiperatividade anormal, andava gesticulando,
Falando exageradamente...
A linguagem tenta acompanhar a mente,
Inútil. Mente?
Intrigada, Insolente!
Andava necessitada dum certo Chá!
Sim, acalma os nervos...
Eis que ambas se encararam
- Através do Espelho -
- É tarde, Alice, vem comigo!
- Não antes da Hora do Chá!
- É hora de despertar. Acorda, Alice!
- Afinal, Quem És Tu? Alice sou Eu.
- Somos Alices, minha querida... 
- Mas isto é Impossível!
Pararam por uma eternidade diante do antigo espelho...
À princípio, estranheza!
Logo depois, a certeza da dualidade existente num único Ser!
Duas existências numa única Vida...
Por um ínfimo segundo, tudo ficou claro,
Etéreo, Translúcido,
Seguro?
A resposta veio Entreolhares...
Almas se fundiram,
Mundos decretaram Paz!
Alice estava no cerne do espelho.
Poderia Sonhar com Wonderland ou Voltar à dura e cruel realidade...
O que é Viver?
Ser livre para escolher e voar...
É trazer à tona toda a essência de todos os seres existentes na Alma...
É deixá-la Transbordar!
É um permitir-se sem culpa.
E, ainda, Ser:
BIlhões de sentimentos intransitivos;
POrta Voz de Almas ensandecidas;
LAR das muitas moradas de todas as minhas loucas e queridas Alices
- Ser eternamente Transitivo -

(Renata Nunes)







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