Porque habitas
O meu universo
É que te reconheço,
Mas entre
Bêbado
e
Lúcido
Não sei te nomear...
Porque albergas
Todas as galáxias
É que te desenlaço,
Mas entre
Abstrata
e
Concreta
Não sei te alcançar...
Porque asseguras
Toda a minha Vida Lunar
É que te agradeço,
Mas entre
Luz
e
Treva
Não sei te espelhar...
Porque habitas
Todos os nossos Universos
É que me reconheço,
Mas entre
Tempo,
Distância
e
Infinita Saudade
Não sei mais te nomear...
Apenas sei
Quão nebulosa e solitária esta existência seria
Não tivesse, Eu,
Nascido com tantas estrelas
- Tatuadas no meu próprio corpo -
Brilhando intensamente,
Brincando de Te constelar.
E, porque elas habitam todo o meu Ser,
Jamais deixarei de ver-te!
Inominável é o êxtase,
O devaneio,
A loucura,
A totalidade da entrega
- Ainda que na ausência -
Neste imensurável Amar Você...
Mas entre
O Indelével
e
O Inefável
Ah... Eu sei, Sim, Te nomear!
(Renata Nunes & DiAfonso)