quarta-feira, 31 de maio de 2017

F. M. L. 4ever!

Oi... Sou eu:
Renata;
Renata Nunes - sem áudio e sem plateia.
Sem intenção de retorno,
         Sem pretensões descabidas,
Sem derramar meus inesgotáveis transtornos;
Neste momento, estou completamente despida...

Você quer ler verdades?
Então se acomode, fique à vontade...
Estou aqui para contar quando a minha vida terminou.
Não carnalmente, afinal, ainda estou aqui (ou não?)
- Rasa e Fria -
É o que me resta: um corpo!
A alma?
Ah... Essa me abandonou enquanto eu mal dormia.

Morri à conta gotas,
Esfaqueada cruelmente.
Fui lentamente penetrada
Por suaves golpes d'amor.

Morri quando te conheci;
Morri quando enlouqueci por você;
Morri quando permiti que você fosse meu tudo;
O que eu não fiz por você?

Morri quando não fui aceita;
Morri quando quiseram me afastar de você (e conseguiram!);
Morri quando percebi que não significava nada na tua vida (eu não servia...);
Eu mudei por você!

Morri quando não ouvi um "adeus" sequer;
Morri quando te vi em outros braços;
E morri, por todas as vidas que ainda hei de ter, quando tive a certeza de que jamais poderia me encaixar (outra vez) no teu abraço.

Minha alma ainda sangrava enquanto meus olhos transbordavam
- Inundados duma dor lancinante -
Odiei você!
Odiei o mundo!
Odiei a mim mesma!
Odiei tanto que morri...
De AMAR!
Ah, Mar...
Foi percebendo a tua profundidade e vastidão que decidi, por fim, abandonar meu próprio corpo e me deixar ir...
- Sem abrigo ou moradia -
E, ainda que estivesse à deriva,
Preferi estar perto de você.

Alice...
Meu alicerce!
Em que vão momento te perdi?
Agora, rastejo entre as cinzas desse mundo:
Arruinada,
Loucamente devastada,
Inconsolavelmente vazia,
Completamente perdida...
Esquizofrênica!

No entanto, ainda que esteja aprisionada em meu mundo obscuro,
Posso te ver do outro lado.
E, te observando nessa forçada realidade,
Percebo em tua alma o reflexo do que é só meu...
Então, acendo um cigarro,
- Um trago profundo e Morno -
Encaro o espelho e te questiono:
Afinal, quem és tu sem mim, Alice?
Quem
És
TU?

(Renata Nunes)





terça-feira, 30 de maio de 2017

Conto de Fadas...

Conto de Fadas...
Pois é, nunca quis viver um! 
Nem por um ínfimo segundo desejei o tão sonhado
Beijo dum - desconhecido - príncipe encantado,
Para acordar suspirando d'amor e
Concluir o enredo com:
"... E viveram felizes para sempre..."

Não, não nasci para isso!
Logo Eu? Quanta insanidade!
Alice não é considerada Princesa por mero acaso.
Ótimo, ela nem quer ser uma!
Astúcia e coragem de poucos...
Um ser admirável.

Ser Princesa também não é tarefa fácil!
"Puro" olhar machista advindo dos confins da criação.
Difícil mesmo é encarar espelhos d'alma
E se entregar à verdade
- nua e crua -
E ainda precisar "agradar" esta hipócrita e enfadonha
Sociedade.
Sendo Princesa ou não.

Não, não sou uma Princesa mas encontrei uma digna do mais belo conto de fadas!
Sim, de repente, descobri que "sapos" podem se transformar!
Afinal, a única forma de alcançar o impossível é acreditando que é possível!
O lema de uma vida inteirinha...
No fundo, bem escondidinho, devia haver uma crença, sim!
Eis que o impossível acontece!

E você aparece em minha vida...

Antes de ter você não existia magia, brilho nos olhos, beijos encantados...
Sequer existia uma Princesa!
A Princesa apareceu - És tu!
Você trouxe vida à nossa vida,
Você me faz sonhar, volitar e, principalmente,
Acreditar na Felicidade!
Depois de ter você,
Eu confesso, sim,
Quero o nosso:
"... E viveram felizes para sempre..."
E Fim!

(Renata Nunes)